A endometriose pode ter muitos impactos na vida da mulher. Nos últimos anos, essa doença ganhou mais destaque, o que tem sido importante para levar informações para o público feminino e conscientização sobre a importância de procurar ajuda médica desde o início dos sintomas.
É necessário divulgar mais conteúdos sobre a endometriose, visto que o diagnóstico pode demorar vários anos para ser fechado, e isso tem consequências. Quanto mais a mulher adia o tratamento, maior o risco de repercussões negativas na saúde e na fertilidade.
Neste post, você verá quais são os principais sintomas de endometriose para suspeitar da doença e buscar avaliação médica em estágio precoce. Confira!
Endometriose é uma doença crônica que envolve processos inflamatórios na região pélvica. Os focos endometrióticos se caracterizam por implantes de tecido semelhante ao endométrio fora do útero, sendo que esse tecido deveria existir somente na parte interna da parede uterina.
O endométrio é estimulado pelo hormônio estrogênio para que suas células se proliferem e ele fique mais espesso, etapa fundamental para aumentar a receptividade e favorecer a implantação embrionária. Na ausência de um embrião para se implantar, o tecido descama no final do ciclo menstrual e origina a menstruação, quando se inicia um novo ciclo.
No tecido endometriótico, também há estímulo estrogênico e sangramento local, o que ativa as células de defesa e resulta em inflamação. Os locais onde os focos de endometriose podem ser encontrados incluem: peritônio, tubas uterinas, ovários, ligamentos que sustentam o útero, intestino, entre outros.
Há três tipos de endometriose, classificados de acordo com as características morfológicas da doença:
A endometriose tem apresentações clínicas variadas. De modo geral, os principais sintomas incluem:
As cólicas associadas à endometriose podem começar ainda durante a adolescência e tendem a progredir, aumentando de intensidade com o passar dos anos. As dores podem ser tão intensas que chegam a prejudicar o desempenho das atividades rotineiras, com piora durante os períodos pré-menstrual e menstrual.
A dor na relação sexual ocorre principalmente quando há lesões endometrióticas na vagina, nos ligamentos uterossacros e aderências na região entre o útero e o reto. Na endometriose, é mais comum a dispareunia de profundidade, que é a dor sentida no fundo da vagina durante o contato íntimo.
A dor pélvica resultante da endometriose pode se tornar crônica e acíclica, isto é, enquanto os demais sintomas se intensificam durante o período menstrual, a dor pélvica pode aparecer em qualquer momento do ciclo.
As alterações urinárias e intestinais são mais comuns em mulheres que apresentam endometriose de bexiga e de intestino. A presença das lesões e da inflamação nesses órgãos comprometem seu funcionamento adequado e causam dores e outros sintomas.
A dificuldade para engravidar pode, sim, ser mais um sinal de endometriose. Infertilidade se refere à ausência de gravidez após um ano ou mais de tentativas. Vários fatores podem tornar um casal infértil, tanto femininos quanto masculinos.
A endometriose é conhecida como uma doença dolorosa, então, os sintomas já descritos podem levar à suspeita diagnóstica. Entretanto, caso as dores sejam moderadas e não motivem a busca por avaliação médica, a dificuldade para engravidar pode acender esse alerta.
Há vários impactos da endometriose nas funções reprodutivas, incluindo:
A partir da observação dos sinais e sintomas, é importante consultar um médico especialista e realizar exames para verificar se o seu caso é mesmo de endometriose. A técnica de imagem mais realizada é a ultrassonografia pélvica com protocolo especializado. A ressonância magnética é outro exame avançado e que possibilita o detalhamento das lesões endometrióticas.
O tratamento é individualizado. As possibilidades terapêuticas vão desde mudança de estilo de vida e medicações hormonais para tentar retardar a progressão da doença e controle dos sintomas até a realização de cirurgia para remoção de todo o tecido endometriótico.
As técnicas de reprodução assistida também são opções para quem deseja aumentar suas chances de engravidar. Coito programado com indução da ovulação, inseminação intrauterina e fertilização in vitro (FIV) estão entre as técnicas que podem ser indicadas após uma avaliação completa do casal.
Saiba mais a respeito da endometriose com a leitura do nosso texto institucional!